terça-feira, 12 de agosto de 2008

Mais uma vez a fatalidade...

"Operário morre soterrado por areia em fábrica de blocos na Grande SP"
"Vítima morreu no local - Três equipes dos bombeiros chegaram a ir para a fábrica. Segundo a empresa, funcionário não devia estar no local em que aconteceu o acidente".

"Um homem morreu na manhã desta quarta-feira (6) em Mairiporã, na Grande São Paulo, ao ser soterrado por areia dentro da pedreira e fábrica de blocos em que trabalhava. A vítima foi soterrada em um local da fábrica de blocos onde cai parte da areia utilizada. Três equipes do Corpo de Bombeiros chegaram a ir para o local, mas não conseguiram resgatar o homem com vida. Por volta das 11h30 o corpo permanecia aguardando a chegada da perícia. Segundo a empresa, o acidente foi uma fatalidade. O funcionário não devia estar no local do acidente, e não há informações sobre porque ele estaria lá. A empresa aguarda a posição da perícia para esclarecer o que aconteceu".
Fonte: G1 - Globo.com - 6/8/2008

O profissional da área de Segurança do Trabalho vive se deparando a interpretação da fatalidade como causa dos acidentes de trabalho. Fatalidade vem de fatal. Nisso realmente há veracidade. Os acidentes têm sido na maioria das vezes fatais para suas vítimas, ou seja, aqueles que chegam até nós enquanto notícia, são apenas estes fatais, porque produzem mortes, ou seja, no jargão dos médicos: letais.

Daí, porém dizer, que a fatalidade, que também poderia ser o acaso, são as causas deles é um absurdo inaceitável. Para o profissional da área, esta conclusão seria quase um atestado, de que nada teria sido possível fazer em termos prevencionistas. O que não é o caso.

O exemplo acima tirado do Portal de notícias G1 é evidente. "O trabalhador acidentado estava um local que não deveria estar" diz a notícia. Neste caso, a outra interpretação que caberia é que o mesmo morreu por sua culpa, por burrice, ou algo do tipo, porque ele deveria saber, e provavelmente ninguém lhe disse, informou e muito menos treinou, explicando por quais motivos, ele não deveria estar ali. Mesmo se tivesse passado por treinamentos, ainda assim, medidas deveriam ter sido tomadas, para evitar que aquele, ou qualquer outro trabalhador estivesse ali. Para a área de segurança do trabalho, fatalidade não existe!

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigos tst e formandos, tenho imenso prazer em participar do blog e por ser ex-aluno desse excelente curso. Este é o meu primeiro acesso de muitos que viram ocorrer, o importante agora é informarmos a todos sobre o blog.Abrç!

Herval

Luiz Ribeiro Jr. disse...

Olá, Herval!
Seja bem-vindo!
Mande o seu contato para: ribeirogomes@cefetcampos.br
Abç!
LR